Yasmin Farias Cardoso chegou a acionar botão do pânico, mas policiais não chegaram a tempo

A estudante de Engenharia Civil Yasmin Farias Cardoso, de 27 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o ex-companheiro José Cicero Feitosa da Silva, de 35 anos, duas semanas antes de ser assassinada por ele.

Na madrugada de quinta-feira (20), Yasmin foi morta a facadas por José Cicero em uma quitinete no Jardim Belo Panorama, em Rondonópolis (216 km de Cuiabá). Após o crime, o autor cometeu suicídio.

Segundo informações da Polícia, Yasmin havia formalizado a denúncia contra José Cicero no dia 6 de março e recebera um botão do pânico para sua segurança.

Foi por meio desse dispositivo que ela acionou a Polícia na noite do crime. No entanto, quando os agentes chegaram ao local, a estudante já estava morta.

O boletim de ocorrência relata que a Polícia Militar foi acionada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública para atender a um caso de violência doméstica. Ao chegarem à quitinete, os policiais chamaram por Yasmin várias vezes e, sem resposta, arrombaram a porta.

Dentro do imóvel, encontraram a estudante já sem vida, ensanguentada sobre a cama. José Cicero foi encontrado enforcado na área de serviço.

Investigadores apontam que o crime foi motivado pela recusa de José Cicero em aceitar o fim do relacionamento. O assassino tinha histórico criminal, com passagens por lesão corporal, ameaça, direção sob efeito de álcool e violência doméstica, incluindo agressões contra Yasmin e uma ex-companheira anterior.

A Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso), onde ela cursava o oitavo semestre, declarou luto oficial por três dias no Núcleo Pedagógico de Rondonópolis, suspendendo atividades administrativas e pedagógicas.

Ela também estagiava na empresa Agroserv Serviços Agronômicos e Topográficos.

Yasmin era filha única e deixa os pais, Alair Benedita Souza Farias e Paulo Sério Cardoso. A Unemat emitiu uma nota de pesar, oferecendo condolências à família e amigos.

Fonte: midianews