Goleada em Buenos Aires deixou o Brasil com 21 pontos após 14 rodadas
A seleção brasileira jamais teve uma campanha tão ruim nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. O aproveitamento após 14 rodadas é o pior que o Brasil já teve na busca por vaga no Mundial. O Gato Mestre levanta os números abaixo e compara com outras edições.
O Brasil tem 21 pontos e 50% de aproveitamento após 14 jogos, o que derruba a evolução que vinha tendo nas outras cinco edições que disputou no atual formato das Eliminatórias. A seleção foi goleada por 4 a 1 pela Argentina na última terça-feira (25), a pior derrota na história da competição.
A comparação mais justa é com as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002, em que a seleção só garantiu vaga na última rodada. Daquela vez o Brasil tinha 24 pontos em 14 jogos. O Gato Mestre compara abaixo o aproveitamento do Brasil na atual e nas edições anteriores das Eliminatórias, considerando o recorte de 14 jogos (a quatro do final).
A campanha ruim não é novidade. O aproveitamento já era o pior registrado nas Eliminatórias antes mesmo dessa data-Fifa: 50% em 12 jogos (18 de 36 pontos possíveis). A proporção permaneceu após vitória sobre a Colômbia e derrota para a Argentina. Na edição de 2002, em 12 jogos o Brasil tinha 21 pontos e aproveitamento de 58,3%.
O levantamento considera as seis edições das Eliminatórias jogadas com 18 rodadas, formato adotado a partir da classificação para 2002. O Brasil não disputou as vagas para 2014 por ser o país-sede.
Campanha pior, tensão menor
Por outro lado, a situação desta vez não é tão desesperadora quanto em 2002. As atuais Eliminatórias têm seis vagas diretas na Copa, além de uma na repescagem, e a distância do Brasil para a sétima colocada Venezuela é de seis pontos. Em 2002 eram quatro vagas diretas e uma na repescagem, e a esta altura o Brasil tinha só três pontos a mais do que o quinto colocado Uruguai.
O Brasil ainda tem quatro jogos a fazer nestas Eliminatórias, a começar pela data-Fifa de junho, quando enfrenta Equador (fora) e Paraguai (em casa). Depois disso encerra a campanha contra Chile (casa) e Bolívia (fora), em setembro.
